Corredor Ecológico: mais 90 ha de Mata Atlântica em 2012
No próximo ano, a porção paulista do bioma mais ameaçado do Brasil terá 90 hectares de sua área original recuperados graças ao Projeto Corredor Ecológico, ação que pretende restaurar, em dez anos, 150 mil hectares da Mata Atlântica do Vale do Paraíba por meio de ação que alia recuperação ambiental ao desenvolvimento social e econômico da região.
PLANETA ÁGUA
Atualmente, resta, apenas, 21% da cobertura original da Mata Atlântica de São Paulo e, para ajudar a recuperar boa parte deste bioma tão importante para os brasileiros - e que, inclusive, já foi considerado a segunda maior floresta tropical do mundo -, a ACEVP - Associação Corredor Ecológico do Vale do Paraíba lançou, em 2006, o projeto Corredor Ecológico*, que promete restaurar, até 2020, 150 mil hectares de Mata Atlântica no Vale do Paraíba, no sudeste do Brasil.
PLANETA VERDE
A iniciativa começou a atuar, oficialmente, na região há cerca de um ano (saiba mais em: Ações do Projeto Corredor Ecológico iniciam oficialmente) e já conseguiu recuperar 178 hectares de Mata Atlântica no Vale do Paraíba. Em 2012, a ação continua com força total: a Associação espera restaurar mais 90 hectares do bioma, nos municípios de São Luiz do Paraitinga, Guaratinguetá, Lorena e São José dos Campos, segundo anunciaram membros da ACEVP, esta semana, durante encontro em São Paulo, voltado ao empresariado.
PLANETA TERRA


A recuperação do bioma proposta pelo projeto é feita a partir do plantio de cerca de 1700 árvores nativas, por hectare de Mata Atlântica, aliado a ações sociais que visam conscientizar as comunidades locais de que a floresta em pé oferece muito mais retorno econômico - além, claro, de benefícios ambientais - do que as práticas de desmatamento. "Trabalhar o aspecto social nos projetos de restauração ambiental é importantíssimo. Afinal, há pessoas morando nesses locais e, como me disse uma vez um líder de assentamento, ‘homem no vermelho não protege o verde’. É preciso empoderar a população, fazê-la parte do processo de recuperação, para garantir a perpetuação da floresta", disse Claudio Pádua, fundador do Instituto Ipê. "Este é o grande diferencial do Corredor Ecológico: não são pessoas plantando árvores, mas sim a reunião de representantes de diferentes setores da sociedade que estão criando capital social para a recuperação ambiental", completou José Luciano Penido, presidente do Conselho da ACEVP e, também, conselheiro do Planeta Sustentável. (Leia também: A comunidade inserida na preservação da floresta)

O nome da iniciativa não é à toa: por meio do reflorestamento, os corredores ecológicos do Vale do Paraíba reconectam partes isoladas da floresta, permitindo que as espécies animais circulem com mais facilidade pelo bioma e que pequenos produtores desenvolvam atividades econômicas sustentáveis na região. "Quanto menor é um fragmento de floresta, menos biodiversidade ele abriga. Por isso, uma mata muito fragmentada é considerada uma floresta vazia, que vai perdendo todo seu valor ambiental e econômico. Conectar esses fragmentos por meio de corredores ecológicos é extremamente positivo tanto para a recuperação ambiental quanto para o desenvolvimento socioeconômico de uma região", explicou Pádua.
Saiba mais:
http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/corredor-ecologico-2012-recuperacao-mata-atlantica-desenvolvimento-sustentavel-648224.shtml
Texto retirado do site:
http://planetasustentavel.abril.com.br/home/
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