Nós na Veja - Série 'Dia das Mães'

REVISTA VEJA
Edição 1841 . 18 de fevereiro de 2004


Um dia recebi uma ligação da Revista VEJA me convidando para dar uma Entrevista sobre 'Filho Unico'.
Aceitamos !
A entrevista foi dada pelo telefone, e o Fotógrafo Oscar Cabral passou a manhã de sábado na nossa casa tirando várias fotos - umas 30 fotos mais ou menos !
Para quem perdeu essa matéria fantástica, aí vai ...


Família


O BRASIL DO FILHO UNICO


Entre as famílias de maior renda, o país atingiu uma taxa européia de crescimento populacional: apenas um herdeiro por casal.


reporteres Rosana Zakabi e Leo Caldas/Titular


Há duas ou três décadas, o filho único era visto pelos brasileiros como uma anomalia. Muitas crianças chegavam a esconder essa condição dos coleguinhas de escola para evitar aborrecimentos. Hoje, o filho único tornou-se figura comum nas famílias brasileiras. ( ... )






Os cariocas Coppelia e Carlos Targat são casados faz treze anos e há cinco tiveram Antônio Henrique. O casal não pensa em ter mais filhos. "Já temos pouco tempo para nos dedicar ao Antônio. Com dois filhos, teríamos menos ainda", diz Coppelia.




Para pais que trabalham dez, doze horas por dia, é mais fácil administrar o tempo livre com um único filho do que com dois ou três. "Já temos pouco tempo para nos dedicar a um só filho. Imagine com dois", diz a carioca Coppelia Rodrigues Targat, de 45 anos, casada há treze com Carlos Henrique Targat, 43, diretor de uma emissora de televisão. Eles são pais de Antônio Henrique, de 5 anos. “Antonio é mais maduro por ser filho de pais mais velhos, e por não ter irmãos. Mas a falta de concorrência com um irmão faz ele se sentir muito seguro e as vezes somos nós que temos de frustrá-lo para não mimar demais”, conclui Coppelia.


No passado, dizia-se que a sina do filho único era ser uma criança mimada. A realidade é menos drástica. Os filhos únicos tendem a ter um vocabulário mais sofisticado que a média das crianças de sua idade, pois conversam bastante com adultos. Em compensação, a ausência de irmãos faz com que a criança lute menos para conseguir as coisas. "Não existe a competitividade saudável entre irmãos, por um pedaço de bolo maior ou pelo brinquedo mais divertido, que serve para dar jogo de cintura e malícia à criança", diz a psicóloga carioca Dulce Silveira, mestre em educação. "No futuro, se os pais não souberem impor limites, o filho poderá ter baixíssima tolerância à frustração", diz ela. ( ... )

Matéria completa no Site da Veja:
http://veja.abril.com.br/180204/p_092.html

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